terça-feira, 11 de junho de 2013

Sport 1 X 0 Palmeiras: Não havia condições, mas não houve calma


Passado já um tempo da derrota por 1 a 0 para o Sport, já arrefecidos os ânimos pelos erros absurdos do juiz Wagner Reway, que deu escanteio inexistente no lance que gerou o gol do Sport, e não viu ajeitada de mão de Nunes, antes de ele fazer o gol, é preciso analisar dois pontos com frieza.

O primeiro e preponderante deles nesse contexto é que não havia condições de jogo na Ilha do retiro.

Independentemente dos erros da arbitragem, da falha de Bruno ao cortar o cruzamento, do não bloqueio de Henrique ao chute de Nunes e do nervosismo dos atacantes alviverdes na hora de concluir, a verdade é que o jogo do sábado, 8 de junho, não poderia ter acontecido na Ilha do Retiro.

O gramado do estádio recifense foi historicamente conhecido por ser ridiculamente ruim. Cheio de buracos e imperfeições, era considerado pela torcida do Leão um 12º jogador. Passou por uma reforma há três anos, que o colocou em um nível aceitável. Mas mostrou, mais uma vez, que precisa melhorar demais. A drenagem simplesmente não suporta jogos em condições de chuva intensa, como se viu.

O que se viu em campo não foi futebol. Não dá para um esporte profissional que gera tanto dinheiro, no país da próxima Copa do Mundo, ser disputado em circunstâncias tão amadoras. Nem na Série B do Brasileirão. Tampouco na C ou em qualquer outro nível de futebol profissional.

O segundo, tão evidente quanto o primeiro, é que o Palmeiras precisa de calma.

Que a torcida esteja à flor da pele com o time na Segunda Divisão, há de se compreender. Mas time e comissão técnica têm de colocar os ânimos no lugar. Não existe vitória de dez pontos. O Palmeiras tem de conter a ansiedade e entender que a volta à Primeira Divisão vai acontecer ponto a ponto.

O escanteio houve? Não houve. Nunes ajeitou a bola com a mão? Ajeitou. Mas depois que o árbitro (não) marcou, está marcado. Márcio Araújo deu chilique quando viu o escanteio assinalado. Henrique, também. Resultado escanteio batido na área e Henrique, já nervoso com o erro do juiz, em vez de travar o chute de Nunes, levantou o braço, pedindo a falta. Não pode.

Pior que isso foi a reação após o apito final. Pelo que falou, Araújo foi expulso com o jogo já encerrado. Kleina também foi advertido. Ambos foram citados na súmula e podem ser suspensos. Aos microfones do rádio, Henrique também esculhambou Wagner Reway. No passado, o promotor Paulo Schimitt, do STJD, já usou gravações de áudio e vídeo para pedir suspensões de jogadores.

Conhecendo o diapasão moral dos tribunais brasileiros, pelo tamanho do Palmeiras e pelo fato de o jogo ter acontecido na Série B, não acho que os palmeirenses vão levar punições pesadas. O Tribunal não terá ímpetos de punir  ao constatar os erros absurdos do árbitro. Mas, uma hora, isso pode acontecer, sim. E tornar ainda mais difícil a vida do Palmeiras. Imaginem, perder o Henrique por, digamos, cinco jogo?

Tem horas em que o melhor é se conformar. Com mais calma, talvez o Palmeiras limpasse a jogada do escanteio e garantisse um pontinho a mais. Naquelas circunstâncias impraticáveis, contra o rival mais difícil que vai encontrar no campeonato, seria um ótimo resultado.

Veja no link a matéria do Diário de S. Paulo sobre o jogo http://diariosp.com.br/blog/detalhe/20225/Sob+chuva+e+gramado+impraticavel%2C+Verdao+perde++


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